segunda-feira, 13 de julho de 2015

SOBRE SER MARKETEIRO

Eventualmente sou chamado de marketeiro (de uma forma pejorativa) e isso me levou a compartilhar estas reflexões.

Provavelmente sou chamado de marketeiro – como se isso fosse feio ou errado - porque tenho sites, blogs, escrevo, faço vídeos, tenho canal no YouTube, edito livros, gravo CDs, e estou muito presente nas redes sociais.

A palavra marketeiro ganhou esta conotação depreciativa em função dos marketeiros das campanhas eleitorais.

Mas a rigor, marketeiro é quem faz marketing, ou seja, propaganda e divulgação de alguma coisa ou de alguém.

E na nossa sociedade ainda vigora a máxima que “a propaganda é a alma do negócio”.

Não acho que seja a “alma”, mas eu diria que é um dos principais motores que alavancam um negócio ou uma carreira.

Em uma primeira análise sobre o peso negativo que dão ao termo, eu vejo que há dentro disso algumas confusões feitas pela nossa cultura, ou mais propriamente pela religião vigente na nossa cultura, que, entre outras coisas, misturaram o conceito de auto valor com o de vaidade.

E também uma certa herança hippie e de esquerda que confunde a prosperidade material com riqueza burguesa e capitalista, e que consequentemente confunde também simplicidade com pobreza.

Vender bem – e honestamente - sua imagem ou seu produto está longe de ser vaidade.

Vaidade é quando se começa a competir, a querer ser melhor, e esta com certeza é a semente do capitalismo selvagem.

Vender-se bem e cobrar sem pudores e constrangimentos pelo seu trabalho, não é necessariamente vaidade ou doença capitalista. É antes de mais nada, auto valor (e consequentemente demonstrativo de eficiência e de competência).

É o valor que você deve dar a sua inteligência, ao seu esforço, ao tempo, neurônios e dinheiro que gastou para conquistar seu saber e seu espaço, em suma, é o valor que você dá ao seu trabalho e ao produto oriundo dele.

Isso que dizer que se você tem pudor em cobrar pelo seu trabalho e tem pudor de divulga-lo bem é porque seu auto valor deve estar baixo.

Numa época em que se pode fazer um bom marketing gratuito – através de sites, blogs, maillists, redes sociais, canais de video – e um bom marketing pago – folders, flyers, cartazes, anúncios na mídia - tudo o que se precisa é de estratégia e planejamento, e claro, auto valor para poder colocar o motor do seu marketing para funcionar.

Quando se entende que no Universo só funciona a “lei do ganha-ganha” (ao contrário do capitalismo que se constrói no “ganha-perde”), não é preciso mais se preocupar com concorrência nem com investir em competição, pois neste Universo todos sempre ganham. Mesmo quando perdem.

Então, terapeutas e demais profissionais autônomos, percam a vergonha cultural e religiosa, deixem os invejosos falarem (pois é a inveja que os move a te criticar) e faça um bom marketing do seu trabalho e da sua pessoa.

Venda seu produto e sua imagem sem medo de parecer egóico ou vaidoso.

Sua honestidade e sua ética são a salvaguarda contra estas armadilhas.

Você é a alma do seu negócio e a propaganda é o motor que o impulsiona.


ERNANI FORNARI

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